Um site perguntou aos seus blogueiros, que eu saiba nenhum deles santista, qual é o melhor time brasileiro da história da Libertadores. Deu Santos por larga margem, na verdade a quase unanimidade, e não poderia ser diferente.
Se o Santos do bi continental e do bi mundial já era, e ainda é, o maior time do planeta em todos os tempos, como algum dos entendidos poderia indicar, por exemplo, o Flamengo? O representante carioca é dono de uma mísera Copa, diferente de São Paulo, do Grêmio e do próprio Peixe, que colecionam três cada?
Além de tudo, um título ilegítimo, conquistado após resultados fraudados pela arbitragem, nas fases classificatórias. E obtido em três jogos contra um tal Cobreloa (?) chileno. Pois um blogueiro solitário votou no clube que revelou Toró. Dá para entender: nas folgas, ele vai fantasiado torcer pelas cores do seu coração.
O episódio me leva a entrar na moda e, aproveitando a recessão do futebol, escalar os melhores times que vi jogar. Times do Santos, que acompanho desde metade da década de 1950, e que são imbatíveis inclusive diante das melhores seleções brasileiras, as de 1958 e 1970, ambas uma espécie de Peixe desfalcado.
Então, lá vai o melhor que vi jogar: Cejas, Lima, Joel Camargo, Marinho Peres e Léo; Clodoaldo, Pita e Giovanni; Dorval, Pagão e Robinho.
Ops, me enganei. Na verdade, esse é o que antigamente se chamava segundo quadro. O primeiro é o seguinte: Gilmar, Carlos Alberto, Mauro, Calvet e Edu; Zito e Mengálvio; Neymar, Coutinho, Pelé e Pepe.
O truque de escalar o ponta Edu na lateral esquerda, para não cometer o crime de deixá-lo fora, é do Tostão. E eu acompanho.
O legal é que dá para formar um terceiro time, quase tão genial quanto os dois primeiros: Rodolfo Rodrigues, Ramiro, Ramos Delgado, Alex e Dalmo; Dema, Antoninho Fernandes, Diego e Aílton Lyra; Chulapa e Abel.
Vejam que ficaram de fora o goleiro Cláudio, os zagueiros Formiga, Orlando Peçanha e Djalma Dias, os laterais Geraldino, Ismael, Rildo, Danilo e Alex Sandro; os meias Álvaro, Brecha e Ganso; e os atacantes Nilton Batata, Manoel Maria, Odair Titica, Vasconcellos, Del Vecchio, Juary, Toninho Guerreiro, Cláudio Adão, Eusébio e João Paulo.
Além dos muitos que certamente esqueci, ou não vi jogar, como Athié, Arnaldo Silveira, Feitiço, Ary e Araken Patusca. Entre estes estão os santistas das primeiras seleções brasileiras, na segunda década do século passado; a mitológica linha dos 100 gols, de 1927; e os campeões de 1935, ídolos gigantes de um passado mais distante.
Falando sério, o Santos dos esquecidos seria suficiente para encarar o primeiro quadro de todos os tempos de qualquer outro time ou seleção.