Por estes dias, um veículo resistente da mídia paulista publicou algo identificado como “pesquisa” ou “trabalho acadêmico”. Segundo o “estudo”, assinado por quatro assalariados de universidades públicas, o presidente da República, ao desdenhar das recomendações das autoridades sanitárias para combate à pandemia, estaria matando seus eleitores. Exatamente isso: Bolsonaro estaria matando as pessoas que votaram nele.
Um dos “cientistas”, doutor em Ciência Política formado pela USP e professor da Federal do ABC, Ivan Filipe Fernandes, afirma que nos municípios em que o presidente foi mais votado no primeiro turno de 2018 é menor o isolamento das pessoas e maior o número de mortes por Covid-19. Logo… “É como se, com seu discurso, Bolsonaro tivesse levado seus eleitores ao abatedouro”, conclui o doutor. Isso mesmo: ele acusa o presidente de levar seus eleitores ao abatedouro.
“Ideologia, isolamento e morte: uma análise dos efeitos do bolsonarismo na pandemia de Covid-19” – esse é o título da coisa, obrada por “pesquisadores” da Universidade Federal do ABC, da Universidade de São Paulo e da Fundação Getúlio Vargas. Que um panfleto como a Falha leve a sério uma aberração como essa já não surpreende. Surpreende menos ainda que militantes políticos instalados em instituições mantidas pelo Estado se dediquem a isso. Mas, como são remunerados com dinheiro nosso, penso que deveriam ocupar-se de atividades mais sérias.
Alguma dúvida do caráter meramente panfletário da bobajada? Pois vejam o que confessa o doutor Ivan: “Não conseguimos estimar quantas pessoas morreram a mais por conta das falas do presidente, mas certamente teríamos menos óbitos, principalmente entre seus apoiadores, se ele tivesse agido de forma diferente”. Em outras palavras, a “pesquisa” não consegue dizer quantas pessoas Bolsonaro matou, mas cientificamente conclui que poderia ter matado menos. Brilhante!
Deve ser por isso que os marajás das nossas universidades públicas, abrigados especialmente na chamada área de ciências humanas, são tão laureados no universo acadêmico internacional. A relevância de seus trabalhos é mundialmente reconhecida e pode ser medida por excrescências como essa, que exigiu o esforço conjunto de quatro ativistas da militância universitária e resultou num conclusivo “certamente”.
Pode não ter sido em vão, contudo. Vai que o Darth Vader do stf se interesse pelo caso e indicie o presidente por extermínio em massa de bolsonaristas!